Zé Pilintra é um trono que já conseguiu seu grau de evolução. O primeiro Zé Pilintra Já consagrou seu nome. Hoje em dia temos espíritos que se agradaram com essa vibração e entraram para trabalhar nesse trono. Podemos conhecer outras histórias, vestes, doutrina, mas tudo girando ao trono do primeiro Zé que esta La em cima ajudando os seus falangeiros a se evoluírem em suas falanges.
Passarei uma história sobre seu trajeto, lembrada que podem aparecer outras diferentes, mas o primeiro foi o que nasceu no catimbó do nordeste até a chegada no Rio de Janeiro.
Zé Pelintra é uma Personagem folclórica e espiritual presente nos cultos ameríndios brasileiros, sobretudo, a Umbanda e o Catimbó.
Bastante considerado, especialmente entre os umbandistas, como o espírito patrono dos bares, locais de jogo e sarjetas, embora não alinhado com entidades de cunho negativo, é uma espécie de transcrição arquetípica do "malandro". No seu modo de vestir, bastante típico, Zé Pelintra é representado trajando terno completo na cor branca, sapatos de cromo, gravata grená ou vermelha e chapéu panamá de fita vermelha ou preta. Sua roupa se assemelha aos "zoot suit", nos usada EUA por negros e latinos na década de 1930 e 1940.
Contam que nasceu no povoado de Bodocó, sertão pernambucano, próximo a cidadezinha de Exu. Fugindo da terrível seca que assolava a cidade a família de José dos Anjos rumou para Recife em busca de uma melhor vida, mas o menino aos três anos perdeu a mãe. Cresceu, então, no meio da malandragem, dormindo no cais do porto e sendo menino de recados de prostitutas. Sua estatura alta e forte granjeou o respeito dos circunstantes. Sua morte seria um mistério. Aos 41 anos foi encontrado morto sem nenhum vestígio de ferimento.
Outra versão do mito alude a José Gomes da Silva, nascido no interior de Pernambuco, um negro forte e ágil, grande jogador e bebedor, mulherengo e brigão. Manejava uma faca como ninguém, e enfrentá-lo numa briga era o mesmo que assinar o atestado de óbito. Os policiais já sabiam do perigo que ele representava. Dificilmente encaravam-no sozinhos, sempre em grupo e mesmo assim não tinham a certeza de não saírem bastante prejudicados das pendengas em que se envolviam.
Não era mal de coração, muito pelo contrário, era bom, principalmente com as mulheres, as quais tratavam como rainhas.
Zé Pretinho, um dos representantes dos Malandros que se veste de preto
Sua vida era à noite, sua alegria as cartas, os dados a bebida, a farra, as mulheres e brigas. Jogava para ganhar, mas não gostava de enganar os incautos, estes sempre dispensavam, mandava-os embora, mesmo que precisasse dar uns cascudos neles. Mas ao contrário, aos falsos espertos, os que se achavam mais capazes no manuseio das cartas e dos dados, a estes enganavam o quanto podia e os considerava os verdadeiros otários. Incentivava-os ao jogo, perdendo de propósito quando as apostas ainda eram baixas e os limpando
Completamente ao final das partidas. Isso bebendo Aguardente, Cerveja, Vermouth, e outros alcoólicos que aparecessem.
Esta entidade andou pelo mundo, suas manifestações apresentam-se em todos os cantos da terra.
Apesar de ter importância religiosa tanto para os praticantes de Catimbó quanto de Umbanda, Zé Pelintra é entidade originária do primeiro. A outra se processou quando os grandes centros urbanos do sudeste do Brasil passaram a englobar antigas áreas rurais e estimular a migração de trabalhadores de outras partes do país, em seu processo de desenvolvimento. Na medida em que isso foi acontecendo, os sacerdotes do catimbó passaram a considerar a entidade como uma entidade pertencente ao seu próprio culto.
A Umbanda é um culto legitimamente Brasileiro com seus próprios rituais e estrutura, enquanto o Catimbó é uma forma regional de sincretismo entre elementos tanto brasileiros, europeus, indígenas, portanto, animista, católico e naturalista.
Na Umbanda, Zé Pelintra é um guia pertencente à linha do Povo da Malandragem, na Umbanda seu Orixá patrono é Ogum. Já no Catimbó, é considerado um "mestre juremeiro". Na Umbanda, Zé Pelintra é creditado como pertencente à linha das almas, cujos seres humanos desencarnados auxiliam no benefício da humanidade como forma de expiação de uma vida anterior de extrema dissipação material.
Zé Pelintra, tanto na Umbanda como no Catimbó, é tido como protetor dos pobres e uma entidade de importância entre as classes menos favorecidas em geral, tendo ganhado o apelido de "Advogado dos Pobres", pela patronagem espiritual e material que exerce. Um exemplo real chama-se Lala. É comum achá-lo em festas e exposições, sempre rindo. E é claro, sem fazer rir. A cidade de Piraúba concentra-se exemplos disso.
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